Nosso mundo viu-se recentemente forçado a mudar muitos de seus padrões. A pandemia gerada pelo coronavírus (covid-19) obrigou a sociedade global a adotar medidas de isolamento, para evitar a disseminação do contágio pela doença.
O bombardeio de informações da mídia, a todo momento atualizando o número de mortes e expondo o drama das pessoas afetadas, acaba por instaurar um certo sentimento de caos interno, cujo nível de intensidade pode variar de indivíduo para indivíduo.
Somos forçados a lidar com o desamparo diante de uma ameaça sem precedentes. Enquanto não houver cura para quadro médico acarretado pelo covid-19, o isolamento apresenta-se como único paliativo viável para nos protegermos.
É inquestionável a necessidade desta medida no cenário atual, mas tendo em vista que o ser humano construiu e aperfeiçoou ao longo de milênios um modo de vida estruturado pelo apoio mútuo, podemos nos questionar: quais consequências podem ser desenvolvidas neste período de confinamento?
Consequências
1- Depressão
A tristeza sentida pela quebra de rotina, perdas financeiras ou pelo afastamento de pessoas do convívio diário pode desencadear uma apatia pela vida. Em casos mais graves, pode-se desenvolver uma depressão, condição mental em que o sujeito sente-se completamente incapacitado de agir.
2- Ansiedade
Sabemos que o medo é um mecanismo essencial para a autopreservação, como explicado em artigo anterior, sendo perfeitamente normal quando inseridos no contexto da pandemia. Mas quando esse estado de preocupação é constante e torna-se perceptível através de sintomas físicos como: falta de ar, taquicardia, insônia e dores de cabeça, verificamos uma manifestação da ansiedade. Aqui ressalto a importância de não confundir com os sintomas do covid-19: febre, tosse, falta de ar e cansaço.
3- Solidão
Pessoas idosas que vivem sozinhas ou de qualquer faixa etária que já demonstravam baixa autoestima podem ter o sentimento de solidão ainda mais agravado nesse período de quarentena, devido à falta de interação e principalmente de contato físico.
4- Agressividade
Quando estamos confinados com alguém, aquilo que consideramos como defeitos ou limitações no outro tornam-se mais evidentes ao passar do tempo. A falta de paciência e de controle emocional pode, portanto, expor nosso lado agressivo, motivando conflitos familiares.
5- Vícios e dependência química
É possível que frente a situações muito estressantes, o ser humano busque fugas para suportar a realidade. Em isolamento, hábitos compulsivos geralmente emergem, e não apenas o aumento no uso de drogas lícitas ou ilícitas podem ser observados, mas também diversos outros vícios: comida, sexo, séries e tecnologia, por exemplo.
Como contornar?
Manter a saúde mental quando o planeta inteiro é atingido por um inimigo comum invisível parece ser bem difícil, mas não precisa ser. Na verdade, algumas medidas bem simples podem ser tomadas para ajudar a não adoecermos da mente:
- Estabelecer uma rotina dentro de casa com horários bem definidos para estudos, tarefas domésticas, trabalho e descanso.
- Refeições em família são ótimas para estreitar os laços. Boas conversas à mesa certamente irão aprimorar nosso senso de empatia, união e solidariedade. Se você mora sozinho vale recorrer também a videochamadas ou happy hours virtuais com as pessoas que você mais gosta.
- Consciência de que tudo isso vai passar, afinal, o coronavírus tem sido estudado arduamente por cientistas e logo o tratamento será disponibilizado.
Procure encarar o isolamento com o máximo de leveza possível e do mesmo modo, notar que tudo tem um lado positivo: Estávamos todos vivendo num ritmo acelerado e agora temos mais oportunidades para refletir sobre nossas escolhas, para compartilhar afeto com as pessoas mais próximas, das quais nos afastamos sem perceber por conta da agitação do dia-a-dia ou ainda para prestar apoio através das redes sociais ou de ações concretas aos que não conhecíamos.
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